segunda-feira, 4 de dezembro de 2006

VIAGENS XII

RIO DE JANEIRO



“Minha alma canta vejo o Rio de Janeiro
estou morrendo de saudade
Rio, teu mar, praias sem fim, Rio, você foi feito pra mim
Cristo Redentor, braços abertos sobre a Guanabara
este samba é só porque Rio, eu gosto de você”
António Carlos Jobim (“Samba do Avião”)

Rio, quando eu te vi
Você era para mim
Apenas um postal
Nada de fenomenal

Rio, eu mal sabia
Que os meus olhos se abririam
Diante de tanta maravilha

A moldura da floresta verde exuberante
E a cidade cá em baixo infernal
Depois a orla do mar deslumbrante
Não há outra assim igual

O sorriso fácil do teu povo
A ternura doce do seu olhar
As palavras num discurso novo
O ritmo do sambinha sempre a dançar

Rio, eu mal sabia
Que os meus olhos se abririam
Diante de tanta maravilha


E o Cristo abrindo as mãos
Olha por todos sem excepção
Com seu semblante sereno
Perto dele tudo é ameno

As favelas trepam e desenham
Castelos de escombros no ar
Escadarias infernais que desdenham
O espaço, a paz, a moral

Rio, eu mal sabia
Que os meus olhos se abririam
Diante de tanta maravilha


Olha que coisa mais linda
Mais cheia de graça...

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