quarta-feira, 20 de dezembro de 2006

OS ACTORES DE ANDRÓMEDA - PARTE I


Greta Garbo

“If only those who dream about Hollywood
knew how difficult it all is.”

Provavelmente mais do que o talento, a voz,
o olhar, o glamour, o que permanece sempre
de Greta Garbo é o seu rosto.

A câmara ama poucos, mas quando ama é um amor derradeiro,
exclusivo, intenso e eterno.
O rosto de Greta Garbo parece ter sido criado pelo deus do celulóide.
Dele se pode dizer que era absolutamente perfeito.
Ela não precisava de falar,
não precisava sequer de respirar para nos atrair.

Greta Garbo foi a deusa maior do Cinema.
Mais do que uma mera estrela, ela pairava no grande écran
como uma diva imperturbável num Olimpo demasiado inatingível.
Personificou como mais nenhum actor
a era gloriosa dos grandes estúdios, dos omnipotentes produtores
que faziam e desfaziam mitos num piscar de olhos
e quando os actores eram seres etéreos
que reinavam num mundo mudo e suspenso.

Foi com grande expectativa e receio que o mundo
aguardou pela revelação do bombástico slogan “Garbo talks!”
Mas a sua voz sensual e grave não desiludiu ninguém.
A Esfinge passara o teste do sonoro.

Lembro-me pouco dos filmes.
O que permaneceu desde sempre na minha memória
de criança
fascinada pelo Cinema, foi o seu rosto.
O inesquecível rosto de Greta Garbo.

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