domingo, 10 de dezembro de 2006

PSICANÁLISE IV


Pessimismo, Realismo ou Optimismo ?

Pergunto-me muitas vezes qual destas abordagens à vida será a mais saudável?
Sobretudo quando somos lúcidos e instruídos, sem falsos deuses a toldarem-nos o horizonte.
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Inúmeros estudos afirmam que as pessoas crentes têm mais sucesso na gestão do seu sofrimento do que os não crentes, mesmo quando é necessário lutar contra, por exemplo, doenças muito graves. O bem-estar e a esperança que os crentes encontram no conforto das suas crenças ajuda-os a superarem mais facilmente as agruras da vida.
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Mas eu pergunto-me, não será isto uma forma de esconder a cabeça na areia, como a avestruz, ou de caminhar com duas palas nos olhos como os burros?
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Porque, quer sejamos Mozarts, Einsteins ou Saramagos, ou apenas simples copywriters, agricultores, vagabundos, iremos todos alimentar margaridas no fim, independentemente do génio, sucesso, riqueza, talento, amor, bem-estar ou falta destes atributos todos que tenhamos.
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Encontro-me, por isso, num verdadeiro impasse e sei que este é daqueles cujo resultado temo verdadeiramente. É duro, muito duro, ter uma mente profundamente científica, que nos leva a duvidar de tudo, a questionar tudo e a chegar a conclusões que, para continuarmos a ser coerentes com as nossas convicções, temos que aceitar, por muito que isso nos custe.
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A vida não passa de uma sucessão caótica de acontecimentos, ocasionais uns, frequentes outros, rotineiros muitos, raros alguns. Se não procurássemos dar-lhes sentido seríamos com certeza meras máquinas físicas. Essa é a realidade. E isto é ser realista.
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Ao procurarmos dar-lhes sentido, tentamos ser optimistas.
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E ao constatarmos que nem com o sentido que tentamos dar-lhes, a vida se torna fluida e agradável, porque embatemos constantemente nas vontades dos outros, seremos pessimistas.
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Olhos desconfiados, bem abertos, ou fechados? Qual delas é a mais eficaz? Ou será possível uma combinação das três, doseada de forma diferente consoante a situação que temos em mãos?
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Continuo num impasse ...

2 comentários:

Dry-Martini disse...

A ciência não é absoluta, também muda, cresce, evolui e nunca explicará tudo. O inexplicável é fascinante pelo seu mistério e magnetismo e a dúvida é sempre positiva. Sempre porque nos faz ter vontade e ânimo pela descoberta.

Não acretito em bruxas mas estou certo que uma aprendiz de feiticeira encontrará a mistura certa da sua poção de vida, pois esta é feita de misturas.

É a avestruz que põe a cabeça na areia, a cegonha sempre trará uma criança que é o optimismo de um futuro melhor.

Andrómeda disse...

Tem toda a razão :)
Correcção feita. Estava a pensar na avestruz e os dedos fugiram-me para a cegonha ...
Mas ainda acredita que são as cegonhas que trazem os bebés? :)