domingo, 25 de janeiro de 2009

EM BUSCA DE PALAVRAS 56

Conselhos de Um Sniper
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Se Maomé não pode ir até à montanha, a montanha poderá vir até Maomé. Neste caso concreto, se a Marta não pode ir até ao sniper, o sniper vem até à Marta.
Eu explico melhor.
Se depois de cerca de 600 páginas de pesquisa (ainda não totalmente lidas), + 10 livros sobre armas, investigação em locais de crime e polícias + cerca de 40 filmes (and rolling ...) + cerca de 20 documentários sobre snipers de toda a espécie, feitio e formato, se depois de tudo isto a Marta ainda não se conseguiu decidir sobre qual a melhor espingarda para o seu sniper, então nada melhor do que perguntar a um sniper real o que escolheria, face a certas e determinadas circunstâncias.
E perguntam vocês: mas como é que a Marta encontrou um sniper verdadeiro disposto a partilhar consigo os segredos da profissão? É simples. Na era da internet, uma Marta e um sniper podem trocar e-mails de forma rápida e eficaz. Vai daí, passo a citar o currículum vitae do dito cujo:
* Formado na US Army Sniper School de Fort Benning
* Curso de SWAT conduzido pelo FBI
* Sniper profissional da US Army National Guard, onde foi líder de equipa
SDKDÇL
Desesperada, enviei um e-mail a M. com a seguinte questão deveras urgente:
Preciso de saber que raio de espingarda é que um sniper criminoso utilizaria no meio da cidade, sendo que o meu sniper percebe tudo sobre armas, é completamente maluco por elas, conhece-as todas e quer uma arma que possa desmontar, mas que mantenha a precisão de disparo.
Claro que eu já sabia que M. me responderia que um sniper prefere sempre uma arma inteira, porque as que se desmontam perdem a precisão, mas também não tinha muita fé em que ele respondesse a uma maluca qualquer que manda um mail a dizer que quer arranjar uma espingarda para um sniper criminoso ...
O facto é que M. respondeu (é por isso que gosto dos americanos ...). Pediu-me pormenores sobre o meu personagem, background, se esteve ou não no exército, de que nacionalidade é, porque isso, disse-me ele, tem influência na escolha de espingarda que um sniper faz.
Muito bem, pensei. Now we're talking real business. Lá lhe enviei um retrato o mais detalhado possível do meu sniper, sendo que ainda não decidi uma série de pormenores mas já tenho algumas ideias delineadas.
M. aconselhou-me duas espingardas de que eu nunca tinha ouvido falar, com a devida ressalva que, com efeito, um sniper prefere sempre uma arma inteira, não desmontável. E cito: "Snipers typically do not like rifles that "break down" meaning detachable barrels, etc, because the accuracy is typically not as good." O facto de nunca ter ouvido falar nelas é um óptimo sinal. Se ele me tivesse indicado alguma das que eu já conheço, que são as mais comuns, ficaria de pé atrás. Mas não. Este sniper percebe realmente do assunto.
Como é óbvio, não vou revelar aqui quais foram as armas que M. me aconselhou. Fica no segredo dos deuses, da Marta, do sniper M. e de um certo sniper imaginário. Deixo apenas o cano duma das ditas cujas lá em cima ;) Ainda não sei se vou seguir o conselho de M. Quem tem a última palavra é sempre o personagem. E, portanto, terei de lha colocar à consideração e ver o que ele decide. É que ele é muuuuuuuuuuito picuinhas com estas coisas, percebem? Mas, posso adiantar que a sua primeira reacção a uma delas foi muito boa. Houve inclusivé um baque de coração, daqueles de amor à primeira vista, nunca negligenciáveis. Porquê? Ora, porque é elegante e bonita ... mas ainda faltam outros testes essenciais ...

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