sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

AS TRIBOS DE ANDRÓMEDA

Inuit
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O termo Inuit é o plural da palavra "Inuk", que significa "homem" ou "pessoa".
De acordo com estudos arqueológicos, os antepassados dos Esquimó-Aleut atravessaram o Estreito de Bering há cerca de 8-10.000 anos atrás. À medida que se espalhavam pelo território, os Esquimós evoluíram para distintos grupos linguísticos.
O modo de vida dos Esquimós foi alterado drasticamente com a chegada em 1741 de exploradores Russos e o subsequente estabelecimento de estações de comércio. Os Esquimós foram explorados pelos comerciantes Russos, devido à sua habilidade na caça de lontras. Os maus tratos sofridos tiveram como consequência uma revolta na década de 1760, que foi totalmente aniquilada pelo poder de fogo dos Russos. A opressão e o aparecimento de novas doenças trazidas pelos colonos dizimaram a população Esquimó, tendo o número de indivíduos sido reduzido a 1/8, por volta de 1799. Os que sobreviveram tornaram-se escravos dos comerciantes Russos, com monopólio de comércio na zona. Outra das consequências da presença Europeia na área foi o processo de conversão dos indígenas ao Cristianismo. Ao longo do tempo, muitos abandonaram as suas crenças tradicionais e converteram-se ao Cristianismo Ortodoxo professado pelos Russos.
Em 1867 o Alasca foi vendido aos EUA por 7.200.000 dólares. Os Americanos reforçaram ainda mais o impacto cultural Europeu nos povos nativos da região. A abertura da primeira fábrica de conservas em 1883 proporcionou trabalho sazonal aos nativos, o que eliminou a necessidade de manter o estilo de vida tradicional.
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As crenças dos Esquimós reflectem a cultura de caça da qual dependiam. Acreditam que todos os animais possuem uma alma, pelo que devem ser tratados com respeito. Após a captura de um animal, era frequente proceder-se a um ritual que permitia àquele regressar ao lugar de onde proviera. Havia alguns tabus no que concernia às práticas de caça: os animais terrestres e marinhos eram mantidos separados; e as mulheres, impuras devido ao nascimento e menstruação, não podiam ter acesso à caça. Amuletos fabricados com ossos eram utilizados para incrementar as possibilidades de uma caçada de sucesso. Máscaras também eram usadas em rituais religiosos, sobretudo durante o século XIX. Estas máscaras representavam os espíritos de animais, deidades ou fenómenos naturais.
O ciclo de vida era governado por uma série de ritos de passagem. À nascença era frequentemente dado a uma criança o nome de uma pessoa recentemente morta, acreditando-se que o defunto viveria através da criança. Quando um rapaz matava a sua primeira foca, era praticado um ritual de celebração, distribuindo-se a sua carne.
Após a morte, a alma vai habitar um lugar no céu ou no mar.
Em algumas tradições dos Esquimós, o shaman assume uma enorme importância. Estes entravam em transe e recebiam mensagens dos espíritos ou deidades, ou controlavam-nos para garantir o sucesso das caçadas. Os shamans eram também curandores e podiam identificar feiticeiros que usavam os seus poderes para fins maléficos.
De entre as deidades mais proeminentes, destacam-se a Mulher do Mar (também chamada Sedna), que controlava os animais; Aningaaq, o sol; e Sila, o ar.
Sedna é protagonista de uma série de mitos sobre a origem do mundo. Num deles, ela é apresentada como uma rapariga que foi atirada para fora de um barco e, enquanto tentava saltar de novo para bordo, os seus dedos foram cortados. Estes transformaram-se nos animais marinhos e ela tornou-se a Mulher do Mar, com poder para impedir acesso aos animais caso alguns tabus fossem desrespeitados.

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