sábado, 6 de fevereiro de 2010

MORMORIOS DI FIRENZE V

Monstros, Deuses, Príncipes e Artistas
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Nas esquinas de Florença convivem monstros, deuses, príncipes e artistas. A proximidade com estes seres leva-a a confirmar uma antiga teoria - o belo está tão próximo do feio, como o amor do ódio. Os extremos tocam-se e atraem-se. Nem só de musas vive um artista que, por conhecer os segredos horripilantes dos materiais que trabalha, compreende mais do que qualquer outro ser, que o belo só pode nascer do feio e que a ira, a força e a loucura são muitas vezes a base do sublime.
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Note-se como: de um bloco de mármore duro e fechado, podem nascer os mais belos apêndices alados. Que esforço exige a dura pedra ao artista? Uma luta titânica. Uma obssessão teimosa. Uma concentração obstinada.
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Note-se como: de uma parede nua, brotam histórias habilmente pinceladas em cores magistralmente misturadas. Que esforço exige o complicado fresco ao artista? Uma paciência sem limites. Uma habilidade minuciosa. Um timing perfeito.
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Note-se como: de um esqueleto de andaimes suspensos, brotam cúpulas que desafiam as leis da gravidade. Que esforço exige a misteriosa matemática ao artista? Uma mente capaz de associações brilhantes. Um espírito visionário intemporal. Um labor diário persistente.
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E então acontecem milagres. Que não são milagres pelas características que habitualmente atribuímos aos milagres - fenómenos instantâneos de magia espiritual. Porque não brotaram do nada, mas de uma dedicação que pode levar à loucura. O milagre está no resultado do esforço, nunca no fenómeno temporal.
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E nós, meros passageiros do tempo, julgamos apenas o produto acabado, sem adivinharmos os monstros impossíveis contra os quais os artistas pagos pelos príncipes e inspirados pelos deuses tiveram de lutar para transformar o comum no imortal.

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