quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Coisas que (ainda) nos fascinam

Nesta era em que quase tudo parece explicado, desconstruído e descodificado, ainda haverá coisas que nos fascinam, como os

LABIRINTOS

 
Há para todos os gostos, a começar no mais famoso e histórico, o Labirinto de Creta, onde Ícaro se perdeu, e a terminar nos labirintos modernos do pintor Escher, que desafiam a nossa noção de perspectiva e orientação.
Dédalo, exilado por ter assassinado o seu sobrinho Talo, refugiou-se em Tebas, junto do rei Minos. Quando a mulher deste se envolveu com um touro divino, Dédalo construiu um labirinto, onde encerrou o monstro que resultou desses amores. Tempos depois, o minotauro foi morto por Teseu e Dédalo foi preso, juntamente com o filho, Ícaro, no labirinto. Para escapar, construíu asas artificiais a partir da cera do mel de abelhas e penas de gaivota, mas alertou o filho para que não voasse muito perto do sol, pois o astro derreteria a cera das asas, e nem muito perto do mar, pois esse poderia deixar as asas mais pesadas. No entanto Ícaro não ouviu os conselhos do pai e~, tomado pelo desejo de voar próximo do sol, acabou por cair no mar Egeu, enquanto o seu pai, aos prantos, voava para a costa.

Há labirintos de todas as formas e feitios, reais, imaginários, no papel ou a adornar jardins de monarcas que imaginamos em jogos ociosos de apanhada.
Queremos resolvê-los, encontrar a saída e, sobretudo, não nos perdermos no seu interior. Os labirintos suscitam no ser humano invariavelmente o pesadelo ridículo de ficar preso eternamente num limbo perdido no tempo, esquecido dos homens e da história. E se não encontrarmos a saída? Terão de destruir o labirinto? Mas isso seria um crime ... 

Sem comentários: