Nesta era em que quase tudo parece explicado, desconstruído e descodificado, ainda haverá coisas que nos fascinam, como o
TEMPO
Fascina porque não é palpável e concreto e, no entanto, por todo o lado se encontram os sinais da sua passagem, a começar pelo nosso próprio corpo.
Fascina porque passa incontrolavelmente, sem que possamos fazer nada para o parar, atrasar ou adiantar.
Muito se tem especulado sobre viagens no tempo, mas continuam a ser apenas possíveis nas histórias de ficção científica e nos manuais de cientistas arrojados que reflectem sobre conceitos tão complexos para o comum dos mortais como wormholes, universos alternativos e a teoria das supercordas.
O tempo passa, enquanto fazemos o mais pequeno dos movimentos. E passa cada vez mais depressa, à medida que vamos envelhecendo. O tempo faz esquecer as coisas mais importantes. O tempo cura as dores mais duras. Porque o tempo é o destruidor do hábito e o hábito é a característica mais premente do ser humano.
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