Nesta era em que quase tudo parece explicado, desconstruído e descodificado, ainda haverá coisas que nos fascinam, como os
Gémeos
Neste mundo povoado por biliões de pessoas que conseguem ser todas diferentes, aquilo que nos continua a fascinar (se o facto anterior não fosse já de si fascinante) são as semelhanças. Duas pessoas iguais. Fisicamente e psicologicamente, embora (outro facto fascinante) neste segundo departamento as coisas não sejam assim tão taxativas.
Duas pessoas que se olham uma na outra como num espelho, para o seu próprio reflexo vivo. Duas pessoas cuja ligação é tão forte que pensam e sentem as mesmas coisas ao mesmo tempo. Será o ideal com que todos sonhamos.
Mas os gémeos, para além de nos fascinarem, também nos suscitam piedade. Que infelicidade vir assim ao mundo, com alguém igualzinho a nós, que nos rouba a nossa individualidade. Os gémeos nunca poderão dizer que são únicos, que como eles não existe mais ninguém, ou "aproveita que eu não duro sempre". Lá estará o seu irmão para o desmentir.
Os gémeos sempre fascinaram os artistas - fotógrafos, pintores, escritores, cineastas.
A obra que me vem à memória imediatamente, é "Os Meteoros" de Michel Tournier, romance estranho e desconcertante sobre a relação visceral entre dois gémeos. E também "Dead Ringers", de David Cronenberg, com Jeremy Irons no papel dos dois gémeos ginecologistas que realizam estranhas experiências em mulheres.
Duas pessoas que se olham uma na outra como num espelho, para o seu próprio reflexo vivo. Duas pessoas cuja ligação é tão forte que pensam e sentem as mesmas coisas ao mesmo tempo. Será o ideal com que todos sonhamos.
Mas os gémeos, para além de nos fascinarem, também nos suscitam piedade. Que infelicidade vir assim ao mundo, com alguém igualzinho a nós, que nos rouba a nossa individualidade. Os gémeos nunca poderão dizer que são únicos, que como eles não existe mais ninguém, ou "aproveita que eu não duro sempre". Lá estará o seu irmão para o desmentir.
Os gémeos sempre fascinaram os artistas - fotógrafos, pintores, escritores, cineastas.
A obra que me vem à memória imediatamente, é "Os Meteoros" de Michel Tournier, romance estranho e desconcertante sobre a relação visceral entre dois gémeos. E também "Dead Ringers", de David Cronenberg, com Jeremy Irons no papel dos dois gémeos ginecologistas que realizam estranhas experiências em mulheres.
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