Nesta era em que quase tudo parece explicado, desconstruído e descodificado, ainda haverá coisas que nos fascinam, como as
TEMPESTADES
Continuam a assustar-nos, mesmo já sabendo como se formam e de onde provêm e que ao invés de representarem a ira dos deuses, não passam de reacções químicas dos elementos que compõem esta nossa atmosfera.
Mas, apesar disso, continuam a fascinar-nos, sobretudo porque são perigosas, intensas, ruidosas e belas, sejam molhadas, marítimas ou secas. Talvez o que mais fascine nas tempestades seja a falta de controlo e a total impotência a que ficamos reduzidos diante elas. As tempestades, mais do que qualquer outro fenómeno meteorológico ou espacial, recordam-nos frequentemente que somos pequenos e que, apesar de toda a tecnologia que fomos capazes de inventar, permanecemos completamente à mercê dos elementos. A minha avó dizia que eram as bruxas a pentear-se. E quando as bruxas se penteiam, é melhor escondermo-nos.
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