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“Não é o lobo que escolhe o terreno da caça ... mas o caçador.”
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“Várias vezes condecorado com a ordem de Lenine, Vassili Zaitsev foi mais tarde elevado à condição de Herói da União Soviética. A sua espingarda encontra-se ainda hoje no Museu de História de Estalinegrado, entre os grandes símbolos da vitória contra a Alemanha nazi.”
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Assim termina “Inimigo às Portas”, o filme baseado num dos mais emblemáticos duelos da história da Segunda Guerra Mundial.
O Ano: 1942. O Terceiro Reich está no auge do seu poder e os exércitos de Hitler atravessam o coração da União Soviética em direcção aos campos petrolíferos da Ásia. Resta um derradeiro obstáculo – Estalinegrado.
O Cenário: Um dos mais terríveis e sangrentos confrontos entre Aliados e Nazis – a batalha de Estalinegrado.
As circunstâncias: Sob um frio tremendo e em condições desumanas (uma espingarda para 2 soldados), o exército vermelho enfrenta o inimigo alemão às portas de Estalinegrado, sob forte pressão do aparelho soviético de Estaline (quem volta para trás e deserta é considerado traidor da pátria e é imediatamente abatido a tiro) e debaixo da mira de um exército muito mais bem apetrechado.
Mas os russos são, como sempre foram, um opositor duro de roer e contam com um herói – Vassili Zaitzev, um sniper exímio que não deixa escapar nenhum alemão que tenha o azar de ser apanhado na mira da sua espingarda. Os alemães vêem-se forçados a enviar um sniper experiente, bastante mais velho que o jovem Vassili, para tentar abatê-lo e incutir novo alento às tropas de Hitler.
E o duelo começa. Um duelo que passa sobretudo pelos olhos destes dois homens, filmados em grandes planos de suspense expectante: os penetrantes, calculistas, frios e sábios olhos azuis de Ed Harris, o actor americano que dá corpo ao Sargento alemão Konig e os profundos, corajosos, apaixonados e inteligentes olhos azuis de Jude Law, o actor inglês que dá vida ao jovem intrépido e lendário Vassili.
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O que aprendi com Vassili e Konig?
- num teatro de guerra pode-se ter que disparar nas posições mais incómodas que se possam imaginar, como deitado no chão de lado, por cima do ombro
- as espingardas são camufladas com panos, sobretudo o cano, para que não sejam avistadas pelo inimigo
- um sniper deve deslocar-se constantemente, ou seja, mudar de posição – quem não o faz ou é muito seguro ou é louco; estas deslocações de posição são extremamente lentas
- matar um alvo em movimento é incrivelmente difícil, normalmente procuram-se alvos fixos
- um sniper é, necessariamente, um soldado especial, por diversos motivos:
- a utilização da mira aproxima-o de tal maneira do alvo, que as mortes provocadas desta forma permanecem muito tempo na sua mente e podem causar sérios problemas a quem não estiver psicologicamente preparado para isso
- existe uma aura quase mítica em torno da figura do sniper, são considerados guerreiros solitários em teatros caóticos de guerra, espera-se que sejam homens de acção através da imobilização, um paradoxo interessante
- a espingarda passa a ser uma extensão do seu corpo, de si próprios, porque os acompanha a todo o lado e é desenvolvida uma relação quase pessoal com esse objecto que lhes protege a vida e ao mesmo tempo tira a vida a outros
- paciência, tranquilidade e capacidade de imobilização e, por outro lado, capacidade rápida de decisão na escolha do momento a disparar são qualidades indispensáveis a um sniper
- mas a lição mais valiosa foi a da importância do olhar – um sniper observa muito e observa através de um campo de visão concentrado, diminuto e muito aproximado; o olhar toma um protagonismo fulcral.
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E quem venceu o duelo? Veja o filme e descubra :)
No próximo episódio, prosseguimos em teatro de guerra, ainda na II Guerra Mundial, com um sniper muito sui generis e católico, no filme “O Resgate do Soldado Ryan”.
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E aqui fica o cheirinho do filme:
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Hasta la vista, baby
2 comentários:
Gostei muito Sigourney. Até fiquei com vontade de ver o filme. Despeço-me sugerindo que em matérias de posições dê uma olhadela num livro bastante conhecido, mas indiano .)
xiiii que mente mais torcida ... bem dizem que a interpretação está sempre no receptor e nunca no emissor :)
mas ainda bem que gostou, o filme é bom e recomenda-se (apesar de eu já estar a ficar farta de tiros) :)
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