terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

Passo os dedos pelo dicionário ao acaso e aterro em ...

GÁS
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But it's all right, I'm Jumpin' Jack Flash,
It's a Gas! Gas! Gas!

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"´Tás com um gás, que ninguém te pára!", costuma dizer-se daqueles que andam mais acordados para a vida do que é costume.
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Quem tem gás, está com a pica toda, está em cima, anda sempre a abrir, ninguém o pára, anda com os sentidos todos alerta, sai-se com ideias brilhantes numa sucessão ininterrupta e invejável, parece que bebeu 30 cafés seguidos ou que anda a snifar cocaína regularmente, apesar de não ter tocado em nenhum destes excitantes.
Quem tem gás, ou é sempre divertido, ou anda sempre a correr de um lado para o outro, ou é um "homem" dos 7 instrumentos ou tem uma estâmina física e psicológica invejável.
Ter gás é, portanto, estar mais vivo do que é habitual ou estar vivo de um modo diferente do que é habitual na maioria dos representantes desta nossa espécie.
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Há aqueles que têm gás constantemente e, ou são olhados com inveja ou com desprezo, consoante os casos. Diria que um muito bom exemplo deste tipo será Mick Jagger que, aos 64 anos, continua com um nível de gás verdadeiramente fascinante, arrumando a um canto muitos jovenzitos de 20 e tal. Um outro muito bom exemplo nacional é o Professor Marcelo, cuja mente e cujo corpo parecem movidos a propulsão espacial.
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Há os que têm gás ocasionalmente, como se ligassem e desligassem uma ficha secreta voluntária ou involuntariamente. São fases e todos as temos. A maioria de nós encaichará nesta categoria, provavelmente, com níveis e frequências diferentes. Os casos de doença bipolar (ou maníaco-depressão) são disto o exemplo mais extremado. Ora estão lá em cima com o gás todo, explodindo constantemente numa conquista do mundo imparável, ora caem a pique por ali abaixo, resvalando no extremo oposto, a depressão assustadora e desoladora.
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E depois há os casos extremos. Os que nunca têm gás e que parecem completamente amorfos, apagados ou demasiado calmos (desconfio sempre de quem nunca rebenta - ou está a fingir, ou acumula tudo, o que se torna perigoso). E os que têm gás a mais, parece que estão sempre ligados à ficha, algo assustador e cansativo.
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Como em tudo na vida e exactamente como o esquentador lá em casa, o gás deve ser controlado para níveis aceitáveis, para nós e para os outros. Senão, não passaremos ou de uma botija prestes a explodir, ou de uma botija a precisar de ser substituída urgentemente.
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P.S. Há também os gases, no plural. Estes são sempre saudáveis de largar e nunca devem ser guardados (a não ser em jantares de gala com a rainha de Inglaterra, bem visto). Ou, como dizia a minha Abuelita chilena: "Los presos tienen que salir." :)

1 comentário:

Dry-Martini disse...

Brindo à sua boa disposição com o mais charmoso dos gases, Champagne .)