domingo, 3 de março de 2013

Coisas que (ainda) nos fascinam

Nesta era em que quase tudo parece explicado, desconstruído e descodificado, ainda haverá coisas que nos fascinam, como a

VIOLÊNCIA




A violência como escape das nossas pulsões interiores. Atrai-nos. Como voyeurs. Senão porque motivo nos detemos a ver outros guerrearem-se, ou porque são os jogos de combate, de boxe e de assassinos tão populares? Gostamos de ver os outros sangrar. Não por um motivo qualquer sádico, mas porque é diferente, sai da rotina, não é habitual.
A violência estará gravada no nosso código genético, de diferentes maneiras. Até Ghandi, que era pela paz, aceitava o sistema de castas indiano, uma das formas mais violentas de segregação ...
A violência justificada tem a nossa aprovação numa série de circunstâncias diferentes. Será um sinal do nosso instinto de sobrevivência. Já a violência gratuita não tem essa aprovação e ainda bem. O ser humano é a única espécie animal que exerce este tipo de violência, sádica, para com os seus semelhantes. Porque possui inteligência e esta é feita de dois lados, como tudo na vida - um brilhante, capaz de feitos extraordinários, o outro negro, capaz das sevícias mais aberrantes.
Por mim, desconfio sempre muito mais de quem nunca explode ou parece santificado, do que o oposto. Não é humano.

Que atire, portanto, a primeira pedra quem não tem telhados de vidro.

Sem comentários: