sexta-feira, 22 de março de 2013

OS CINEASTAS DE ANDRÓMEDA

Hal
Hartley



The Quirky Philosopher

Marcos: Figura-chave do movimento de cinema independente norte-americano das décadas de 80 e 90, Hartley é exímio em humor inexpressivo e personagens "out of the box" que costumam passar a vida a recitar tiradas filosóficas. Dilacera as convenções da narrativa e do desenvolvimento de personagens para criar o seu minimalismo, que é uma imagem de marca. Bebendo d efeito de distanciamento Brechtiano, Hartley força a audiência a ter consciência de que está a ver um filme, desafiando as convenções do cinema comercial de falso realismo e da "criação de ilusão". Os seus diálogos são filosóficos, literários ou simplesmente ultrajantes, criando uma obra de culto.

O que gosto: Tudo o acima referido. As suas personagens, situações e relações são sempre super interessantes e deleitosas de observar. O humor subtil e sério - sempre dito como se as personagens não fizessem ideia nenhuma do efeito que provocam, porque aquilo que estão a dizer é a mais pura das verdades. As personagens de Hartley dizem aquilo que nós sentimos mas que a maioria das vezes não saeríamos nunca expressar até ouvi-las dizer precisamente aquilo em que acreditamos. É tão bom mergulhar nestes mundos.

O que não gosto: É pena que o mundo não seja nunca como "os mundos" de Hartley.

Os Filmes de Referência: The Unbelievable Truth, Trust, Simple Men, Henry Fool
Os meus Preferidos: The Unbelieavable Truth, Trust, Henry Fool

Alguns planos do mestre:


"Enjoy? (my movies) No, they (the audience) have to work. Anything worthwhile necessitates work."

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