Charles
Chaplin
The Tender Clown
Marcos: Escreveu, dirigiu, produziu, editou, musicou e protagonizou a maioria dos seus filmes. Era um perfeccionista, que gastava por vezes vários anos com um único projecto. Os seus filmes combinam a chamada comédia "slapstick" com o pathos e frequentemente representam a luta de um vagabundo contra a adversidade. Muitos exploram temas sociais e políticos, bem como elementos autobiográficos. Em 1972 recebeu um Oscar honorário da Academia pelo "incalculável efeito que teve em transformar o cinema na arte por excelência do século XX". Os seus métodos de filmagem permaneceram secretos até à sua morte, pois Chaplin nunca falava muito deles por comparar essa revelação à de um mágico que estraga a sua ilusão. Após a sua morte descobriu-se que não utilizava argumentos e que criava a partir de uma frase ou de uma ideia geral, criando cenários, situações e relacionamentos ao mesmo tempo que filmava, o que o obrigava por vezes a ter de filmar novamente cenas já completadas, sob pena de desestabilizarem a lógica da narrativa que entretanto ia surgindo - razão pela qual demorava tanto tempo com cada projecto. Dirigia os seus actores como um maestro, repetindo os takes até ter exactamente aquilo que queria. E embora na generalidade os seus filmes sejam conotados com o género da comédia, a maioria também contém elementos muito fortes de drama e até mesmo tragédia. Quanto à comédia, ela emana, ao contrário do habitual na época, na atitude da personagem face às adversidades que tem de enfrentar - ex: o humor não está no facto do vagabundo ir de encontro a uma árvore, mas na sua reacção em pedir desculpa à árvore. Outras diferenças relativamente ao convencional são a exploração de cada cena até esgotar completamente os elementos de comédia nela contidos, procurar um maior desenvolvimento na relação entre o espectador e as personagens e utilizar objectos inanimados de forma quase surrealista. Chaplin não "brincava" muito com a câmara, preferindo planos estáticos que fizessem o espectador concentrar-se na acção em vez de no processo de criação.
O que gosto: O humor genial. O absurdo genial. A espantosa expressividade do rosto e dos olhos de Chaplin e a espantosa expressividade que ele era capaz de roubar aos momentos e aos rostos que filmava com o seu olhar clínico. A ternura doce e a tragédia que escorrem de muitos dos seus filmes, no meio de tanto humor, o que faz com que passemos suavemente de uma gargalhada, para um sorriso, para uma lágrima, como se Chaplin conseguisse produzir no espectador uma melodia de emoções. A fisicalidade quase bailarina do seu corpo.
O que gosto: O humor genial. O absurdo genial. A espantosa expressividade do rosto e dos olhos de Chaplin e a espantosa expressividade que ele era capaz de roubar aos momentos e aos rostos que filmava com o seu olhar clínico. A ternura doce e a tragédia que escorrem de muitos dos seus filmes, no meio de tanto humor, o que faz com que passemos suavemente de uma gargalhada, para um sorriso, para uma lágrima, como se Chaplin conseguisse produzir no espectador uma melodia de emoções. A fisicalidade quase bailarina do seu corpo.
O que não gosto: Rigorosamente nada, a não ser, mas isso a culpa já não é dele, daquelas interrupções com texto nas cenas, para vermos o que a personagem poderia estar a dizer.
Os Filmes de Referência: Modern Times, The Kid, The Great Dictator, The Gold Rush, City Lights
Os meus Preferidos: Modern Times, The Great Dictator
Alguns planos do mestre:
Alguns planos do mestre:
"It is paradoxical that tragedy stimulates the spirit of ridicule...ridicule, I suppose, is an attitude of defiance; we must laugh in the face of our helplessness against the forces of nature—or go insane."
Sem comentários:
Enviar um comentário