terça-feira, 5 de março de 2013

Coisas que (ainda) nos fascinam

Nesta era em que quase tudo parece explicado, desconstruído e descodificado, ainda haverá coisas que nos fascinam, como o
ZEN



Será talvez o sistema filosófico mais difícil de apreender. Exige um mergulho total nos seus preceitos, dizem os mestres. Não se pode aprender ou sequer compreender o zen sentados numa aula de yoga em Lisboa ou em Londres ou no Rio de Janeiro. É preciso viajar até um dos países orientais em que ele é praticado e treinar com um mestre de zen.
O zen fascina, sobretudo porque pouco entendemos dele. Mas, diz esta que já comprovou por tentativas, continua a fascinar mesmo depois de se tentar entrar um pouco nele. Precisamente porque nos apercebemos que se encontra interdito ao nosso estilo de vida.
O zen ensina sobretudo a aceitar as coisas, todas as coisas, tal e qual elas se nos apresentam. Não lutar, não ir contra a água do rio que corre, mas acompanhá-lo. E isso será talvez o mais difícil para um ocidental, habituado a lutar constantemente, durante toda a sua vida, contra tudo e contra todos e ensinado a não aceitar o seu destino tal como ele se lhe apresenta.
Mas, atenção, ao contrário do que possa parecer, o zen não é resignarmo-nos. E aqui sim reside talvez a parte mais complexa - o zen é aprender a viver bem, sem problemas, sem lutas interiores, sem revoltas, com aquilo que se nos apresenta.
E isto é apenas uma frase num tomo de mil páginas sobre o que significa o zen.

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