Clint
Eastwood
The Sensible Shooter
Marcos: É um dos poucos actores norte-americanos bem sucedidos e iconográficos a ter-se transformado também num realizador aclamado pela crítica e público. Já dirigiu mais de 30 filmes, em géneros tão diferentes como o western, acção e drama. Para evitar uma das características que menos aturava em realizadores durante a sua carreira de actor, reduz consideravelmente o tempo de filmagens e respeita o orçamento, preferindo cenas filmadas ao primeiro take, sem ensaios. Tal como os personagens que encarnou enquanto actor, não se preocupa com pormenores das suas vidas que não tenham influência directa nas cenas, não querendo insultar a inteligência do espectador com demasiados detalhes. Como referiu a revista Life, parodiando uma das suas personagens mais emblemáticas, o seu estilo é o de "Shoot first and act afterward" (Filmar=disparar, numa alusão ao personagem Dirty Harry que atirava (com a pistola) e fazia perguntas depois). Os seus filmes têm um ritmo extraordinário, sem pressas, fornecendo uma sensação de tempo real que é indiferente à velocidade da narrativa. Explora frequentemente temas com perspectivas éticas e teológicas, incluindo a sua representação de justiça, misericórdia, suicídio e morte.
O que gosto: Eastwood consegue comover sem exagerar e é de uma sensibilidade notável para homem tão, aparentemente, duro e frio (ou sempre assim o julgámos pela incrível osmose entre ele e as personagens que representou durante a sua fase de cowboy e polícia iconográfico). Os temas são sempre tratados com um cuidado de quem mexe em porcelana. Gosto da quase "biografia" que ele imprime sempre em tudo, como se estivéssemos sempre a ver algo que já aconteceu na realidade. Não é por acaso, aliás, que na sua filmografia se contam 7 biografias. Os seus personagens são sempre pessoas comuns que realizam feitos extraordinários. Todos os actores que com ele trabalham deveriam estar-lhe profunda e eternamente gratos, pois ele oferece-lhes sempre um estado de graça maravilhoso. O seu amor pelo jazz, que compartilho.
O que gosto: Eastwood consegue comover sem exagerar e é de uma sensibilidade notável para homem tão, aparentemente, duro e frio (ou sempre assim o julgámos pela incrível osmose entre ele e as personagens que representou durante a sua fase de cowboy e polícia iconográfico). Os temas são sempre tratados com um cuidado de quem mexe em porcelana. Gosto da quase "biografia" que ele imprime sempre em tudo, como se estivéssemos sempre a ver algo que já aconteceu na realidade. Não é por acaso, aliás, que na sua filmografia se contam 7 biografias. Os seus personagens são sempre pessoas comuns que realizam feitos extraordinários. Todos os actores que com ele trabalham deveriam estar-lhe profunda e eternamente gratos, pois ele oferece-lhes sempre um estado de graça maravilhoso. O seu amor pelo jazz, que compartilho.
O que não gosto: Acho que nos últimos filmes dirigidos por si em que também entra, é notória a sua cada vez maior osmose consigo próprio. Já não é uma personagem, mas o Clint Eastwood que ali está. E se dantes isso conseguia ser ludibriado com alguma elegância, actualmente acho que já maça um bocado.
Os Filmes de Referência: Bird, Imperdoável, As Pontes de Madison County, Mystic River, Million Dollar Baby
Os meus Preferidos: Bird, Mystic River, A Perfect World, Million Dollar Baby
Alguns planos do mestre:
Alguns planos do mestre:
"There's a rebel lying deep in my soul. Anytime anybody tells me the trend is such and such, I go the opposite direction. I hate the idea of trends. I hate imitation; I have a reverence for individuality."
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