segunda-feira, 25 de março de 2013

OS CINEASTAS DE ANDRÓMEDA

Kitano
Takeshi



The Poet of Violence

Marcos: Realizador, comediante, actor, pintor, argumentista, cantor, editor e poeta, Takeshi é o verdadeiro homem dos sete ofícios. A sua obra idiossincrática já lhe valeu a honra de ser considerado o verdadeiro sucessor de Kurosawa do Cinema moderno japonês. Os seus filmes começaram por retratar sobretudo o sub-mundo dos yakuzas ou a polícia, com uma filosofia niilista, humor, violência e afecto, misturando estes ingredientes de forma paradoxal e controversa. Takeshi é também conhecido por filmar tudo ao primeiro take pois acha que esse será sempre a melhor performance dos seus actores e de ser rapidíssimo a trabalhar.  O mar é também uma imagem de marca, e aparece sempre como o repouso, como o intervalo, como o suspiro entre batalhas, como o respirar calmo e suave no meio de toda a violência da vida.

O que gosto: A secura das suas histórias e dos seus personagens, misturada com uma violência poética que chega a aproximar-se daquilo que posso descrever como uma espécie de poesia cosmopolita, nua e crua e enchuta, errática, brutal e ao mesmo tempo filosófica, como se fosse dolorosamente esculpida a granito e tijolo na vida do dia-a-dia dos seus personagens e das ruas por onde estes deambulam. Gosto do rosto de Takeshi, duro e aparentemente vazio, mas adivinhando-se a esconder maremotos de emoções.

O que não gosto: Por vezes a violência pode ser demasiada.

Os Filmes de Referência: Fireworks, Sonatina, Violent Cop, Brother

Os meus Preferidos: Violent Cop, Brother

Alguns planos do mestre:



"To show violence 
realistically, you need stamina.
It's not easy."

Sem comentários: