quinta-feira, 30 de novembro de 2006

AS LETRAS DE ANDRÓMEDA - X

RAIOS X
gffdgfgfg
"Because inside every straight
upright citizen a tormented
emotionally impaired psycologically
damaged personality resides
And beside every crooked man
stands an angel with wings
and the spirit can do truly wonderous things"
Kinks - X-Ray
lvºçflºvlfºçlv
Raios X: Forma de radiação electromagnética com um comprimento de onda entre os 10 e os 0.01 nanometros, correspondentes a frequências na ordem dos 30 aos 30.000 PHz. Os Raios X são usados fundamentalmente para radiografias de diagnóstico e cristalografia.
.fçjgklfjg
Observação de Objectos Celestes: Uma vez que a radiação X é absorvida pela atmosfera da Terra, os instrumentos utilizados para observar os raios X têm que ser transportados até uma altitude elevada, através de balões e foguetões e, actualmente, satélites. A emissão de raios X provém de fontes contendo gases a temperatures muito elevadas. O primeiro destes objectos foi descoberto em 1962 por Riccardo Giacconi (galardoado com o Nobel) e chama-se Scorpius X-1, na constelação do Escorpião, localizada na direcção do centro da nossa galáxia. Actualmente sabe-se que as fontes deste tipo de radiação são estrelas compactas, como as estrelas de neutrões, os buracos negros, agrupamentos de galáxias, restos de supernovas e anãs brancas.
A NASA lançou no espaço até ao momento 4 Grandes Observatórios de Raios-X espaciais: Hubble Space Telescope (HST); Compton Gamma Ray Observatory (CGRO); Chandra X-Ray Observatory (CXO); Spitzer Space Telescope (SST)
.fçjgkfjg
Espectro electromagnético: Constitui a gama de todas as possíveis radiações electromagnéticas. O espectro electromagnético de um determinado objecto é a gama de frequências de radiação electromagnética que ele emite, reflecte ou transmite. O espectro electromagnético varia desde as ondas de alta frequência (rádio) até às de baixa frequência (raios gama), cobrindo frequências de onda de milhares de quilómetros até às do tamanho de um átomo.
O espectro compõe-se das seguintes frequências, em escala decrescente:
Rádio
Microondas
Terahertz
Infravermelhos
Luz visível (uma porção ínfima do espectro)
Luz ultravioleta
Raios X
Raios Gama
.fçjgklfjg
E se conseguíssemos ver toda a gama do espectro electromagnético? ... o mundo seria completamente diferente ... nós seríamos totalmente diferentes ... e muito provavelmente não possuiríamos nenhuma das características que nos distinguem das inúmeras outras espécies vivas ... talvez "vermos" demasiado nos tornasse infinitamente menos interessantes ... porque o mistério que nos move torna-nos infinitamente mais especiais ...
vçfkvçfkdv

quarta-feira, 29 de novembro de 2006

PALAVRAS EMPRESTADAS 1



Um dia Hemingway escreveu uma história
com apenas seis palavras
e diz-se que a considerou o seu melhor trabalho.

"For sale: baby shoes, never worn."

Need I say more? ...

terça-feira, 28 de novembro de 2006

AS LETRAS DE ANDRÓMEDA - W

WORMHOLE
lfkjglfjklg
" 'É esse o efeito de se viver para trás.', disse a Rainha, gentilmente, 'Deixa-nos sempre um pouco tontos ao princípio ... mas há uma grande vantagem, a nossa memória funciona para ambos os lados."
Lewis Carroll (Alice Do Outro Lado do Espelho)
lfkjglfjklg
Wormhole: Hipotética propriedade do espaço-tempo que constitui um atalho através dessas duas dimensões. Um wormhole é formado por duas entradas/saídas ligadas por um corredor. Logo, em teoria, os wormholes permitem viagens no tempo, uma vez que seria possível atravessar enormes distâncias espaciais e temporais através destes atalhos.
O termo foi introduzido pelo físico americano John Wheeler em 1957, que estabeleceu uma analogia com o percurso que uma minhoca (worm) percorre quando cava um buraco (hole) numa maçã e a atravessa mais rapidamente até ao lado oposto - o mesmo seria possível entre locais muito distantes do universo.
lfkjglfjklg
Buracos Negros: São objectos previstos pela teoria da relatividade, com um campo gravítico tão forte que nada lhes escapa, nem mesmo a luz. A sua fronteira chama-se horizonte de acontecimentos, a partir da qual, hipoteticamente e caso fosse possível aproximarmo-nos, se torna impossível qualquer fuga, uma vez que a velocidade de escape é maior do que a velocidade da luz.
A sua existência encontra-se bem fundamentada através de observações astronómicas, sobretudo da emissão de raios X em determinadas zonas do espaço.
lfkjglfjklg
Buracos Brancos: São corpos celestes que constituem reversos temporais dos buracos negros. Enquanto que um buraco negro atrai e absorve a matéria circundante, um buraco branco poderá repeli-la ou até mesmo ejectá-la. Os buracos brancos são a possível solução para as equações de Einstein que descrevem os wormholes. A entrada é um buraco negro e a saída um buraco branco.
Mas a teoria não prevê que haja ligação entre a entrada e a saída, uma vez que os wormholes são instáveis, desconectando-se assim que são formados, e também porque a teoria apenas funciona no vácuo, quando não há interferência de matéria.
lfkjglfjklg
Stephen Hawking: O popular físico norte-americano é especialista em buracos negros. Juntamente com Bardeen e Carter, propôs as 4 Leis da Mecânica dos Buracos Negros e calculou ainda que estes deveriam criar e emitir termicamente partículas subatómicas, conhecidas actualmente como Radiação Hawking, até esgotarem a sua energia e evaporarem.
Hawking é um dos mais prolíficos cientistas da actualidade, tendo escrito 2 das mais importantes e prestigiadas obras de divulgação científica: Breve História do Tempo e O Universo numa Casca de Noz. Para quem se interessa por estes temas, são 2 livros excepcionalmente bem escritos, explicando de forma simples e divertida conceitos complexos e fascinantes.
lfkjglfjklg
Na maioria dos casos a realidade consegue ser bem mais fascinante do que a própria ficção ... mas o que dizer da nossa própria imaginação, terreno escorregadio e propulsionado por um motor tão flexível chamado pensamento, que nos permite ziguezaguear por todas as regiões, possíveis e impossíveis, num espaço de minutos, em qualquer lugar, sempre que quisermos? ... será a nossa vida interior tão legitimamente real quanto a nossa vida física? ... porque não? ...
lfkjglfjklg

segunda-feira, 27 de novembro de 2006

VIAGENS XI

EGIPTO
FKLJLKJLKF
FKLJLKJLKF
“Egypt! from whose all dateless tombs arose
Forgotten Pharaohs from their long repose,
And shook within their pyramids to hear
A new Cambyses thundering in their ear;
While the dark shades of forty ages stood
Like startled giants by Nile's famous flood.”

Lord Byron

Segui o curso do ancestral rio
desde as paredes de chocolate sujo
da infernal e ruidosa Cairo
até às areias douradas
da beleza esmagadora do deserto
e às águas vermelhas
do mar transbordante de vida e cambiantes

e depois lá estão elas
eternas
as pirâmides
desenhando uma geometria misteriosa
ao pôr-do-sol
sussurraram-me segredos de milénios
perdidos na poeira do deserto
FKLJLKJLKF

FKLJLKJLKF
desci ao ventre da terra no vale dos reis
e contemplei uma das maravilhas do mundo
as cores preservadas da corrupção dos elementos
a par com o cheiro pestilento das entranhas tumulares
céus azuis estrelados de dourado
discursos escritos a pincel por centenas de escravos
corredores e corredores de suspiros maravilhosos

espreitei uma múmia no museu
preservada, enrugada e encolhida, pelos óleos secretos
e as esplendorosas jóias do jovem rei Tutankamon
tão jovem …
tão magnificamente jovem e eterno
çkjfljglfjlkg
çkjfljglfjlkg
mergulhei no Mar Vermelho
e apanhei corais proibidos
oferecidos à sucapa pelo velho marinheiro
com um sorriso
fiz uma tatuagem de hena no braço
o meu nome em árabe
e nas ruas chamavam-me
e diziam-me deles, és egípcia
FKLJLKJLKF
o nariz partido da Esfinge contemplou-me
enquanto um soldado aponta a sua kalashnikov
despreocupadamente pendurada no ombro
e o taxista estende o seu tapete para rezar na rua
e os olhos dos homens devoram as minhas pernas nuas
çkjfljglfjlkg
çkjfljglfjlkg
a areia do deserto reflectida nas águas do Nilo
cria paisagens alienígenas
e o silêncio do recorte das montanhas
no horizonte do deserto

não esquecerei jamais
as cores dos hieróglifos no ventre da terra
a poesia do tapete estendido no meio da rua
para a oração diária

"Al Salam Aleikum"
Que a paz esteja contigo
FKLJLKJLKF
FKLJLKJLKF
FKLJLKJLKF

domingo, 26 de novembro de 2006

AS LETRAS DE ANDRÓMEDA - V

VIA LÁCTEA
djglkfjglfkjlgfjlfjdl
"Tell me did the wind sweep you off your feet
Did you finally get the chance to dance
along the light of day
And head back to the Milky Way
And tell me, did Venus blow your mind
Was it everything you wanted to find
And did you miss me while you were looking
for yourself out there"
Train (Drops of Jupiter)
djglkfjglfkjlgfjlfjdl
A Via Láctea: O termo deriva do grego "galaxias". Demócrito foi o primeiro a reconhecê-la como um cojunto de estrelas distantes. O termo "láctea" nasceu a partir da banda de luz branca que surge através da esfera celeste e que é visível da Terra. O disco principal da Via Láctea tem cerca de 80.000 a 100.000 anos-luz de diâmetro, cerca de 250.000 a 300.000 anos-luz de circunferência e cerca de 1000 anos-luz de espessura. Se a galáxia fosse reduzida a 130 km de diâmetro, proporcionalmente, o nosso sistema solar teria apenas 2 milímetros de largura!
djglkfjglfkjlgfjlfjdl
Idade da Via Láctea: Calcula-se actualmente que tenha cerca de 13.6 biliões de anos, o que é quase tanto como o próprio universo.
djglkfjglfkjlgfjlfjdl
Onde nos encontramos na Via Láctea: O nosso Sol está localizado próximo da borda interior do braço de Orion, a uma distância de cerca de 30 mil anos-luz do Centro da Galáxia. O sistema solar demora cerca de 225-250 milhões de anos a completar uma órbita (um ano galáctico) e pensa-se que tenha completado 20 a 25 órbitas destas durante a sua vida, ou 0.0008 órbitas desde o aparecimento da vida humana. A velocidade da órbita solar é de 217 km/s. A nossa galáxia viaja a cerca de 600 km/s, o que significa que viajamos a cerca de 51.84 milhões de km por dia, ou seja, por ano viajamos algo como 4.5 vezes a distância da Terra a Pluto, na sua fase orbital mais próxima.
djglkfjglfkjlgfjlfjdl
Onde se encontra a Via Láctea: A Via Láctea e Andrómeda constituem um sistema binário de galáxias espirais gigantes que formam juntamente com outras 50 galáxias vizinhas o Grupo Local que, por sua vez, faz parte do Aglomerado de Galáxias de Virgem. Em redor da Via Láctea orbitam duas galáxias mais pequenas e um conjunto de galáxias anãs. A maior delas é a conhecida Grande Nuvem de Magalhães, com um diâmetro de 20.000 anos-luz.
djglkfjglfkjlgfjlfjdl
A Mãe da Via Láctea: De acordo com a mitologia grega, a Via Láctea foi concebida por Hera que, num acesso de ira, derramou leite pelo céu ao descobrir que Zeus a tinha enganado, para que alimentasse o jovem Heracles. Noutra versão, Hermes faz Heracles entrar no Olimpo à sucapa para beber dos seios de Hera adormecida. Heracles morde o mamilo de Hera, fazendo o seu leite jorrar pelos céus e formar a Via Láctea.
djglkfjglfkjlgfjlfjdl
O que acontecerá à Via Láctea: Calcula-se que Andrómeda se aproxima da Via Láctea a 300 km/s e que poderemos colidir com ela dentro de 3 ou 4 biliões de anos. Se isso acontecer, pensa-se que o Sol e todas as estrelas colidirão com as estrelas de Andrómeda, fundindo-se durante 1 bilião de anos para formar uma nova galáxia elíptica.
djglkfjglfkjlgfjlfjdl
Somos meras cabeças de alfinetes em alta velocidade ... insignificantes peças de uma maquinaria grandiosa, girando num carrocel louco de energia e matéria, sem saber de onde vimos, para onde vamos ou o que fazemos realmente aqui ... talvez o melhor que tenhamos a fazer seja mesmo apreciar o brilhante espectáculo pirotécnico e darmo-nos por sortudos de termos tido a oportunidade de sermos, por brevíssimos segundos cósmicos, um único e inimitável alfinete ...
djglkfjglfkjlgfjlfjdl

sexta-feira, 24 de novembro de 2006

VIAGENS X

ROMA
çlkfçldkçkf

lgjfklgfjglkjfklg
"Como e' bella ce' la luna brille e' strette
strette como e' tutta bella a passeggiare
Sotto il cielo di Roma"
Dean Martin (On An Evening in Roma)

Em Roma todos somos santos e pagãos,
deuses e pecadores,
virtuosos e prevaricadores, como se não existisse amanhã
ou a única coisa que realmente importe
seja apenas um prato suculento de deliciosa pasta al dente ...

Ah Roma ... la bela Roma ... la santíssima Roma ...
de artérias a abarrotar de gente bonita e elegante
que fala em gestos largos e sorridentes

Em Roma, sê romano
aprecia a vida, de preferência abusando em tudo
nas compras, na comida, nos passeios, nos sorrisos,
nos gestos e nas palavras

Sucumbamos ao dolce fare niente
molhamos as pontas dos dedos
nas mil e uma fontes que brotam
por toda a cidade
e sonhemos ser

gladiadores, afrodites
papas por um dia
bacos luxuriosos exibindo
coloridos cachos de uva ao pescoço

Em Roma la vita é veramente bella ...

ç.gkjfjgkl

çlkjdfjflkglfjlfjl

çlkjdfjflkglfjlfjl

çlkjdfjflkglfjlfjl

quarta-feira, 22 de novembro de 2006

AS LETRAS DE ANDRÓMEDA - U

UNIVERSO
kjfdjgçlkjfdlgkj
kjfdjgçlkjfdlgkj
"I can feel everything you do
Hear everything you say
Even when you're miles away
Coz I am me, the universe and you"
Kt Tunstall
kjfdjgçlkjfdlgkjfd
kjfdjgçlkjfdlgkj
kjfdjgçlkjfdlgkj
kjfdjgçlkjfdlgkj
kjfdjgçlkjfdlgkj
Universo: Conjunto de estrelas, planetas, galáxias e outros objectos celestes inseridos no sistema espacio-temporal que obedecem às leis físicas conhecidas.
kjfdjgçlkjfdlgkjfd
Idade do Universo: Desde o Big Bang, calcula-se que o universo tenha aproximadamente 13.7 biliões de anos, com uma margem de erro de cerca de 1% (cerca de 200 milhões de anos).
kjfdjgçlkjfdlgkjfd
Multiverso ou Meta-Universo: É o hipotético conjunto de múltiplos possíveis universos (incluindo o nosso) que em conjunto abarcam toda a realidade física. A estrutura do multiverso, a natureza de cada universo nele contido e a relação entre os diversos universos dependem das características de cada uma das hipóteses de multiverso existentes.
kjfdjgçlkjfdlgkjfd
Michael Moorcock: O termo multiverso foi popularizado por este autor de ficção cientítica, a partir da expressão criada pelo psicólogo e filósofo William James.
kjfdjgçlkjfdlgkjfd
Friedrich Nietzsche: O filósofo alemão propôs a hipótese na sua teoria do Eterno retorno, de que o Universo e todos os acontecimentos que contém, se repetem ou repetirão eternamente da mesma forma.
kjfdjgçlkjfdlgkjfd
Cada um de nós é um universo …
tão vasto, infinito, profundo, povoado de sistemas de relações, galáxias de emoções e sensações, buracos negros profundos e desconhecidos, cometas de ideias, pensamentos viajando à velocidade da luz, um universo em eterna expansão, ainda tão pouco explorado e provavelmente muito mais complexo e surpreendente do que este que nos abriga e que nos desperta tanta curiosidade ...
kjfdjgçlkjfdlgkjfdkjfdjgçlkjfdlgkjfd kjfdjgçlkjfdlgkjfd kjfdjgçlkjfdlgkjfd

terça-feira, 21 de novembro de 2006

VIAGENS IX

PRAGA

"Praga nunca te abandona ... esta querida mãezinha tem garras afiadas."

Franz Kafka

Praga no Outono cobre-se de poeira dourada
Como um mágico conto de fadas
Praga no Inverno é escura e fria
Chove miudinho e a neve arrepia

Praga tem vielas antigas
E tristes e soturnas raparigas
Há também a Praga dos carteiristas
Que surpreendem os incautos turistas

Em Praga ouvem-se músicos virtuosos
E dançam-se pantomimas sedosas
Lá morou um escritor perturbado
Pelo mundo terrivelmente admirado

Praga é a cidade das maravilhosas marionetas
Dos desajeitados fantoches e das graciosas bonecas
Em cada esquina vivem surpreendentes teatrinhos
Onde aprendemos a mexer todos os cordelinhos

Nas pontes do rio que lá passa
Artistas pintam e tocam sem pressa
E as terríveis memórias da grande guerra
Jazem amontoadas e adormecidas debaixo da terra

Em Praga ouvi tantas histórias silenciosas
Sussurradas nas esquinas ventosas
Debaixo das pedras ancestrais
No fundo dos olhos dos jograis

De Praga trouxe 3 confidentes
Uma princesa envergonhada e indolente
Um palhaço colorido e tresloucado
E um misterioso mago enfeitiçado

Um dia, é certo, a Praga voltarei
No Outono ou na Primavera, não sei
Quando as folhas douradas começarem a cair
Ou as flores perfumadas desatarem a abrir


hjlgjhlkghjlkjghklg

domingo, 19 de novembro de 2006

AS LETRAS DE ANDRÓMEDA - T

TEORIA QUÂNTICA

"Se alguém afirmar que consegue pensar ou falar acerca da física quântica sem ficar tonto, é porque não entendeu nada sobre ela."
Murray Gell-Mann

A Mecânica Quântica: Estuda o movimento das partículas muito pequenas, a nível microscópico. As conclusões mais importantes desta teoria são:

1. Em estados de ligação entre partículas (ex: o electrão que gira em torno do núcleo) a energia não é trocada de forma contínua, mas descontínua, podendo as trocas energéticas ocorridas ser diferentes umas das outras. Foi Max Planck quem desenvolveu esta ideia.

2. Princípio da Incerteza de Heisenberg - É impossível atribuir ao mesmo tempo uma posição e uma velocidade exactas a uma partícula, pelo que o conceito de trajectória é ignorado substituindo-se pelo conceito de onda. Ou seja, quando se conhece a posição da partícula, não é possível saber a velocidade dela nesse ponto e vice-versa.

Max Planck: O físico alemão é considerado o fundador da teoria quântica. Descobriu a Constante de Planck, constante fundamental que é utilizada para calcular a energia dos fotões e a Lei de Planck da Radiação, que viria a constituir, 10 anos mais tarde, a base da teoria quântica, desenvolvida por Niels Bohr. A quantização centra-se na ideia de que a energia electromagnética pode apenas ser emitida sob a forma de “pacotes” (quanta), ou seja, a energia só pode ser um múltiplo de uma unidade elementar. Por esta descoberta, recebeu o prémio Nobel da Física em 1918.

Niels Bohr: Físico dinamarquês cujas contribuições para a mecânica quântica foram fundamentais para o desenvolvimento deste ramo da física, tão complexo. O seu trabalho, que viria a constituir a base fundamental de toda a teoria quântica, baseou-se na ideia de que um electrão pode cair de uma órbita de energia mais elevada para uma de menor energia, emitindo um fotão (um quantum de luz) de energia discreta. Outro dos princípios fundamentais que estabeleceu foi o da complementaridade - os elementos podem ser analizados separadamente como tendo propriedades contraditórias. Ex: a luz pode ser aomesmo tempo uma onda e um conjunto de partículas. Tal como Oppenheimer, também trabalhou na concepção da bomba atómica no Projecto Manhattan e também se opôs sempre veementemente contra a sua utilização bélica, defendendo uma partilha de informação por toda a comunidade científica mundial.

Teoria de Tudo: O velho sonho de Einstein - unir todas as partículas e forças fundamentais da natureza numa única teoria. Até ao momento isso tem sido impossível, uma vez que não há maneira de conseguir unir de forma lógica a Teoria da Relatividade Geral (que descreve a gravidade e se aplica a estruturas de larga escala - estrelas, galáxias, etc) e a mecânica quântica (que descreve as outras três forças fundamentais ao nível microscópico). O desenvolvimento de uma teoria quântica de campo (que tenha em conta a gravidade - a quarta força fundamental) normalmente resulta em probabilidades infinitas, ou seja, inúteis. Os físicos desenvolveram técnicas matemáticas (renormalização) para eliminar estes infinitos, que resultam com as forças electromagnética, nuclear forte e nuclear fraca, mas não com a gravidade.

Porque é que os físicos quânticos são péssimos amantes? ... Porque quando encontram a posição, não encontram a velocidade e quando atingem a velocidade, não encontram a posição.

sábado, 18 de novembro de 2006

PSICANÁLISE II

NARCISO


Caravaggio

Why do I keep writing, when no one reads me?

Because I feel I have something to say
And I want someone to be touched by it

This country is full of poets but very few readers
We all want to write and be read
But no one wants to read what other people write
We're all narcisists

Or maybe I just write because I have to
By some force of nature that compells me
Writing is like breathing
And I simply must do it

It's been like that always
And it will always be that way
No matter who reads
No matter if there's no one out there

Is anybody out there?....

Vermeer

quinta-feira, 16 de novembro de 2006

AS LETRAS DE ANDRÓMEDA - S



SUPERCORDAS


“Now it's crawling from the sea
Now it's coming down from the trees
It moves through you
And I know it moves through me
This intergalactic subatomic particle breeze”

Steve Burns


A Teoria das Supercordas: A Teoria das Supercordas ou Supersymmetric String Theory é considerada a mais promissora teoria de gravidade quântica. Postula que as partículas são na realidade cordas infinitamente pequenas que vibram no espaço com frequências diferentes. As diferentes formas de vibração (como os instrumentos de cordas musicais) resultam em diferentes estados. Nesta teoria prevê-se a existência de mais do que as quatro dimensões actuais (altura, largura, profundidade e tempo), sendo que as outras dimensões são infinitamente pequenas, logo, indetectáveis e não influenciando os acontecimentos normais.Uma vez que as equaçoes que descrevem a natureza fisica das cordas divergiam entre si, existiam no início 5 teorias de supercordas diferentes: Tipo I, Tipo IIA, Tipo IIB, Heterotica-O e Heterotica-E.

Teoria M: A teoria M veio unificar todas as diferentes teorias de cordas numa só, acrescentando um novo elemento - membranas. Assim como a 10ª dimensão, as equações das 5 teorias de cordas originais eram demasiado pobres para revelar a existência das membranas. Estas, também chamadas branas ou p-branas (o "p" refere-se ao número de dimensões que possuem), são objectos multidimensionais que podem conter de 0 a 9 dimensões. As p-branas são muito mais "pesadas" do que as cordas (uma corda é uma 1-brana, ou seja uma membrana com 1 dimensão) e constituem objectos esticados espacialmente.

Tem-se especulado sobre o significado da letra M na Teoria-M, cujo criador, Edward Witten, sempre explicou significar "Magia", "Mistério" ou "Membrana", consoante a preferência de cada um. Mas também já foi sugerido "Matrix", "Mãe de todas as teorias" e até um "W" invertido, do seu apelido Witten.

Melodia Essencial ... No mais infinitamente pequeno de nós vibram uma infinidade de melodias particulares que nos unem a todos numa única sinfonia fundamental, composta de uma multitude de variações. Somos nada mais do que notas físicas, subtis e intrincadas composições matemáticas, delicadas escalas de energia. Mas será sempre um privilégio poder ter pertencido, nem que por escassos segundos cósmicos, à grandiosa orquestra universal

quarta-feira, 15 de novembro de 2006

VIAGENS VIII

VIENA
fklgçlfkgçlkfç
fklgçlfkgçlkfç
"If I speak of Vienna it must be in the past tense,
as a man speaks of a woman he has loved and who is dead."
Erich von Stroheim
fklgçlfkgçlkfç
Tudo começa num quarto de hotel parado no tempo,
de paredes austeras e vazias
que transportam para um mundo em guerra,
feito de gestos mecânicos, cinzentos e temerosos

Desdobra-se por uma escadaria de bordeaux aveludado
que desce até à rua fria e branca de neve

Ouvem-se passos, é apenas mais um vienense que passa,
cabisbaixo, duro e metido consigo

É Natal e o Natal em Viena
sai directamente de um postal para os olhos.
Em Viena descobrimos que existem feiras de rua
de decorações e prendas
tal e qual como nos livros de histórias infantis,
onde se pode beber vinho quente
enquanto se descobrem bolas de Natal
de todos os feitios, tamanhos e cores

As princesas em Viena
são as verdadeiras princesas dos contos de fadas,
que vivem em palácios deslumbrantes,
com jardins verdes decorados
com animais e monstros fantásticos
talhados em arbustos primorosamente aparados,
lagos de água verde onde flutuam nenúfares
e cafés onde se comem
as melhores sobremesas de chocolate do mundo

Em Viena Mozart está, felizmente, por todo o lado,
vivo, brilhante, único, a encher-nos os ouvidos,
a modelar-nos os gestos e a alma,
a aquecer-nos e encher-nos o coração

Em Viena há cisnes a nadar em água gelada,
intensamente brancos e mal dispostos,
belos e intocáveis, como o gelo

De Viena trouxe uma valsa que não dancei
fklgçlfkgçlkfç
fçjdlkjflkdjlfkj

terça-feira, 14 de novembro de 2006

AS LETRAS DE ANDRÓMEDA - R

Radiação Cósmica de Fundo

"There's radiation in my head
Can't you see I'm going mad
See the colour of my skin
Turning blue as I breathe in
There's radiation in my head"
Feeder
fkjkldjfçldfkdklfdkfç
Radiação Cósmica de Fundo: Forma de radiação electromagnética que possui um espectro térmico de corpo negro na faixa das microondas. Pensa-se que constitui a melhor evidência de que realmente existiu uma explosão inicial que esteve na origem do universo – o Big Bang. A radiação que ainda se mede hoje em dia atinge a Terra vinda de todas as direções e pode ser detectada, por exemplo, pelos televisores: cerca de 3% do ruído eletromagnético recebido por um televisor deve-se à RCF. Pensa-se que esta radiação preenche todo o espaço observável e que a maioria da energia do universo se encontra nela. É uma espécie de ruído de fundo que se “ouve” por todo o Universo.
fkjkldjfçldfkdklfdkfç
COBE: Cosmic Background Explorer – este satélite da NASA mediu um espectro da radiação cósmica de fundo, realizando a medida mais precisa de um espectro de corpo negro de todos os tempos. A medição foi feita através de um instrumento a bordo do satélite, chamado Far InfraRed Absolute Spectrophotometer (FIRAS).
fkjkldjfçldfkdklfdkfç
Arno Penzias e Robert Woodrow Wilson: Descobriram a radiação cósmica de fundo em 1965 e por este feito receberam o Prémio Nobel da Física em 1978. A sua existência foi prevista por Gamow, Alpher e Herman, 30 anos antes, que concluíram que a matéria do universo primordial deveria ter libertado uma radiação que teria na actualidade uma temperatura de cerca de 5 a 10 Kelvin (medida do SI – Sistema Internacional de Unidades).
fkjkldjfçldfkdklfdkfç
Quem somos? ... Seremos apenas parte de uma estranha e maravilhosa forma de energia, que paira pelo universo, entrelaçando-se e repelindo-se constantemente? Estaremos a "falar" uns com os outros sem nos apercebermos disso, através do espaço e do tempo, comunicando em frequências tão subtis que apenas a pele e os sentidos pressentem algo, sem que saibamos explicar por que por vezes nos sentimos como sentimos? ...
fkjkldjfçldfkdklfdkfç

segunda-feira, 13 de novembro de 2006

DEDICATÓRIA


Ao meu primeiro (e único?) leitor, que anda desinspirado:

A Writer Writes

A writer writes.
About what?
About what he wants to be and what he was. Never what he is. That is too close.
A writer writes about other people. He likes to dissect their lives.
kfjglkfjgklf
A writer writes.
About what?
His past and his future. Never the present. But he always ends in and with the present.
kfjglkfjgklf
A writer writes.
Compulsively. His thoughts, his feelings, his dreams. Letters. He plans his day. The shopping list. But everything he writes must be different. Unique.
kfjglkfjgklf
A writer writes.
About what?
He tries to write. He wants to write. He’d rather write than talk, sometimes.
He sees the world with a writer’s eyes. Letters, instead of colours. White paper sheets, instead of landscapes.
kfjglkfjgklf
A writer writes.
With a pen or a pencil. With his finger, if he must. In the air. He builds castles of words and then rubbs them off or throws them away with a blow of tears and rage.
kfjglkfjgklf
A writer writes.
Most of the times he doesn’t write at all. At least not what he feels he should be writing.
kfjglkfjgklf
A writer writes.
Trivialities. Deep thoughts. He must write. If he doesn’t he suffocates. He needs words like the air to breath. Yet he still suffocates. It is not enough. Not unless others understand it. And usually they don’t.
kfjglkfjgklf
A writer writes.
He tries to bring his thoughts out and write them down in a piece of paper. He tries to smash his soul in a white piece of paper. Yet, instead of his portrait, he looks at pieces of blood, bone and flesh splattered across his eyes like the innards of a horrible monster.
kfjglkfjgklf
A writer writes.
He’s never happy. Never satisfied. Nothing is enough. No sentence is finished. No two words are perfectly matched.
kfjglkfjgklf
A writer writes.
In his mind he produces wonders. Master-pieces. But the slightest contact with the cold air is enough to destroy them, raped of their inner beauty.
kfjglkfjgklf
A writer writes.
He wants to write. He needs to write. About everything. Everyone. Every detail. Yet he’s stopped by his own anguish. He can’t. He musn’t. Not until he’s sure that what will come out is perfect. And he’s never sure. Never!
kfjglkfjgklf
Obrigada por me leres :)

VIAGENS VII

LONDRES
gjçlkfjgçlfçklgjçlfg

gjçlkfjgçlfçklgjçlfg

"Will you let me romanticize,
The beauty in our London Skies,
You know the sunlight always shines,
Behind the clouds of London Skies."
Jamie Cullum (London Skies)

Chove, em Londres
Neste preciso segundo
Chove e eu tenho saudades desse tempo
Do tempo líquido e do tempo do coração de Londres

Tic Tac Tic Tac
Ben marca o compasso
Sereno e pontual
Conta as horas turbulentas do mundo

Tic Tac Tic Tac
Ben diz:
“Hey, I’m here, don’t forget
I will always be here
Even when you disappear
I will stay, you can bet”

Tic Tac Tic Tac
Passam as modas frenéticas
Os excêntricos dandys
As loucas de mini-saias
As fendas e as falhas dos designs

Mas Ben fica
E eu também vou ficando
E voltando, de vez em quando
Como o eterno nevoeiro

Chove em Londres
E eu adoro chuva
Sim, eu sei que sou, como tu
Um poço de saudáveis contradições

Here’s to you, dear London **

çgjljfgçlçlgçdjgç

çgjçlfdjgçljfdçlgjkjdç

domingo, 12 de novembro de 2006

AS LETRAS DE ANDRÓMEDA - Q

QUARK

"Three quarks for Muster Mark!
Sure he hasn't got much of a bark
And sure any he has it's all beside the mark."

James Joyce (Finnegans Wake)

Quark: Um dos dois constituintes básicos da matéria (o outro é o leptão). Os quarks são as únicas partículas fundamentais que interagem através de todas as 4 forças fundamentais – Força Electromagnética, Forças Nucleares Forte e Fraca e Força Gravitacional (ver As Letras de Andrómeda-F). Foi Murray Gell-Mann quem pela primeira vez sugeriu a sua existência.

James Joyce: O genial escritor irlandês serviu de inspiração a Gell-Mann quando chegou a altura de nomear esta nova partícula. O físico norte-americano pediu emprestada a expressão ao romance Finnegan’s Wake, este também uma das obras mais complexas e controversas da literatura mundial, onde Joyce inventa a expressão “Three quarks for Muster Mark”, referindo-se aos 3 “vivas” que um bando de pássaros oferece ao personagem principal.

Sabores e Cores dos Quarks: Os Quarks são classificados como tendo os sabores “Up”, “Down”, “Strange”, “Charm”, “Bottom” e “Top”. Os mesões são formados por dois quarks e os hadrões por três. Exemplo: O protão é um hadrão formado por 2 quarks “up” e um quark “down”. Para além disto, os quarks também possuem as cores “red”, “green” e “blue”, apesar desta propriedade ser apenas uma forma de os catalogar e nada ter a ver com as características das cores na natureza. Tal como as 3 cores primárias, os quarks podem existir em 3 estados diferentes.

Onde está a nossa essência? ... Onde realmente acabamos e começamos? Seremos capazes de nos decompormos a nós próprios até chegarmos a uma única palavra, uma única emoção, um único adjectivo que nos caracterize fundamentalmente e nos defina simplesmente? Impossível ou um desafio a experimentar? ...

sábado, 11 de novembro de 2006

VIAGENS VI

BANGUECOQUE
çlgºçlgºlgºçlfgºçlfdºçgllgkhçlgkhçkgçhkklgçhlg

çgkhçlkgçhlkçglkhçlgkhçlk
Dai yahng sia yahng
“Para obter algo, é preciso sacrificar algo”
Provérbio tailandês

O rio serpenteia durante quilómetros e quilómetros de campos de arroz verdes,
pintalgados aqui e ali por gigantescas flores de palha,
presas à água por corpos magros e cansados.
E subitamente avistamos a Cidade de Anjos, onde dormem os budas
A terra parece ter engolido o que outrora eram as águas do rio,
mas todos os anos Chao Phraya reclama parte da cidade de volta,
porque Krung Thep se afunda cada vez mais,
sinuosamente invadida pelos seus canais tortuosos, silenciosos e sorrateiros

A cidade dos anjos é negra como a noite e os abismos
E nela habitam anjos caídos que se movem por entre vapores de lascívia e gasolina
Anjos vendedores de quinquilharias extraordinárias
Anjos que gritam e apostam e trocam bahts numa algazarra alucinante
Anjos que espreitam à porta de antros escondidos na penumbra,
enquanto outros anjos dançam bailados frenéticos

A capital dos mil torreões reluzentes vive dividida
entre templos adornados de ouro maciço e jóias preciosas
e altas torres modernas de escritórios,
viadutos que levantam vôo por entre prédios de apartamentos
e o rio de águas castanhas opacas que serpenteia por entre o bulício,
a poluição e os seus oito milhões de almas trepidantes,
reclamando gota a gota o espaço que lhe foi roubado
lkgçlfdkgçkfdçlgkçflkg
ghfhgfhgfhjgfjhgjhgj
gfdgdhghghgh
hujgjhgjgjhgjhgjhg

quinta-feira, 9 de novembro de 2006

AS LETRAS DE ANDRÓMEDA - P

PULSAR

Onde quer que você esteja
Em Marte ou Eldorado
Abra a janela e veja
O pulsar quase mudo
Abraço de anos-luz
Que nenhum sol aquece
E o oco escuro esquece"
Caetano Veloso

çdfjçldjflkjdljf
jglkjglkjlfjglkjfljglkj
Pulsar: Estrela de neutrões muito pequena e densa. Os pulsares podem apresentar um campo gravítico até 1 bilião de vezes maior que o da Terra. Pensa-se que poderão ser os restos de estrelas que entraram em colapso ou de supernovas. Emitem um fluxo de energia constante que, à medida que a estrela gira, é projectado no espaço como a luz de um farol. No espectro visível não é possível observar a luz emitida pelos pulsares a olho nu, uma vez que é muito pequena – apenas os radiotelescópios o conseguem e somente quando o feixe incide sobre a Terra.

Supernova:
Explosão de uma estrela com mais de 10 massas solares (10 vezes a massa do nosso Sol). A explosão produz em apenas alguns dias um objecto muito brilhante (cerca de 1 bilião de vezes mais brilhante do que a estrela original, tornando-a tão brilhante como uma galáxia) que se vai tornando menos intenso com o passar das semanas ou meses, até atingir um grau inferior ao da estrela original.

Ciclo de Vida de uma Estrela:
As estrelas nascem em nuvens moleculares – grandes regiões de matéria de alta densidade
As pequenas estrelas – Anãs Vermelhas – queimam o seu combustível lentamente, durante dezenas a centenas de biliões de anos
No final da vida vão-se extinguindo, até se tornarem Anãs Negras
As camadas externas expandem-se e arrefecem, formando Gigantes Vermelhas
As estrelas de tamanho médio transformam-se em Nebulosas Planetárias, com um núcleo constituído por matéria degenerada chamado Anã Branca (que acabará em Anã Negra)
Nas estrelas maiores a fusão continua até acontecer um colapso gravitacional que resulta numa explosão de Supernova (o único processo cósmico que ocorre em escalas de tempo humanas)
O que resta depois da explosão, forma uma Estrela de Neutrões ou Pulsar, no caso das estrelas pequenas
As estrelas maiores terminam o seu ciclo transformando-se em Buracos Negros – objectos com campos gravíticos de tal forma intensos que nada, nem mesmo a luz, consegue escapar-lhes

Há faróis que nos guiam … mesmo que não os reconheçamos ou lhes demos qualquer valor, eles estão lá, permanentes como rochas, emitindo a sua luz de sabedoria, calma e esperança sempre que nos deixamos cair na escuridão, sempre que nos esquecemos que, apesar de tudo, não estamos sós
ºkfdlçdkfçlkdçlkf
-dkkld.lkçldk-.dkf

quarta-feira, 8 de novembro de 2006

VIAGENS V

VENEZA
çldkçlfkjçljçlçlfk

çldkçlfkjçljçlçlfk
“It is the city of mirrors, the city of mirages,
at once solid and liquid, at once air and stone.”

Erica Jong

Conto as horas serenas.
Das húmidas manhãs que banham suavemente os canais verdes com estranhos despertares.
Das cálidas tardes que pintam os velhos palácios com cores deliciosas.
Das noites aveludadas desdobrando-se em doces marulhares e longos suspiros.

Conto as horas serenas.
De uma cidade que não é cidade e que pode, por isso, ser todas as cidades numa só, como dizia Marco Polo.
De habitantes que não são meros cidadãos, mas príncipes e duques e cavaleiros desenhados em histórias de encantar.
De casas e lojas e restaurantes, que são afinal palácios e cofres de tesouros e paraísos de delícias.

Conto as horas serenas.
Entre o sonho e o despertar.
Entre um piscar de olhos e o que se lhe segue.
As horas contidas dentro dum círculo concêntrico desenhado por uma pena de pombo que toca a água.
De um suspiro de princesa.
Do bater do coração de uma máscara, quando desviamos o olhar.

Conto as horas serenas da Sereníssima, a Cidade Verde.
A Cidade dos impossíveis contidos nos possíveis, ou dos possíveis contidos nos impossíveis.
Onde tudo pode ser qualquer coisa e qualquer coisa tudo.
Porque nunca há a certeza de a cidade ser a que se reflecte nas águas, ou de o reflexo ser a verdadeira cidade e a outra uma fantasia.

çldkçlfkjçljçlçlfk