"Praga nunca te abandona ... esta querida mãezinha tem garras afiadas."
Franz Kafka
Praga no Outono cobre-se de poeira dourada
Como um mágico conto de fadas
Praga no Inverno é escura e fria
Chove miudinho e a neve arrepia
Praga tem vielas antigas
E tristes e soturnas raparigas
Há também a Praga dos carteiristas
Que surpreendem os incautos turistas
Em Praga ouvem-se músicos virtuosos
E dançam-se pantomimas sedosas
Lá morou um escritor perturbado
Pelo mundo terrivelmente admirado
Praga é a cidade das maravilhosas marionetas
Dos desajeitados fantoches e das graciosas bonecas
Em cada esquina vivem surpreendentes teatrinhos
Onde aprendemos a mexer todos os cordelinhos
Nas pontes do rio que lá passa
Artistas pintam e tocam sem pressa
E as terríveis memórias da grande guerra
Jazem amontoadas e adormecidas debaixo da terra
Em Praga ouvi tantas histórias silenciosas
Sussurradas nas esquinas ventosas
Debaixo das pedras ancestrais
No fundo dos olhos dos jograis
De Praga trouxe 3 confidentes
Uma princesa envergonhada e indolente
Um palhaço colorido e tresloucado
E um misterioso mago enfeitiçado
Um dia, é certo, a Praga voltarei
No Outono ou na Primavera, não sei
Quando as folhas douradas começarem a cair
Ou as flores perfumadas desatarem a abrir
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