quarta-feira, 15 de novembro de 2006

VIAGENS VIII

VIENA
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"If I speak of Vienna it must be in the past tense,
as a man speaks of a woman he has loved and who is dead."
Erich von Stroheim
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Tudo começa num quarto de hotel parado no tempo,
de paredes austeras e vazias
que transportam para um mundo em guerra,
feito de gestos mecânicos, cinzentos e temerosos

Desdobra-se por uma escadaria de bordeaux aveludado
que desce até à rua fria e branca de neve

Ouvem-se passos, é apenas mais um vienense que passa,
cabisbaixo, duro e metido consigo

É Natal e o Natal em Viena
sai directamente de um postal para os olhos.
Em Viena descobrimos que existem feiras de rua
de decorações e prendas
tal e qual como nos livros de histórias infantis,
onde se pode beber vinho quente
enquanto se descobrem bolas de Natal
de todos os feitios, tamanhos e cores

As princesas em Viena
são as verdadeiras princesas dos contos de fadas,
que vivem em palácios deslumbrantes,
com jardins verdes decorados
com animais e monstros fantásticos
talhados em arbustos primorosamente aparados,
lagos de água verde onde flutuam nenúfares
e cafés onde se comem
as melhores sobremesas de chocolate do mundo

Em Viena Mozart está, felizmente, por todo o lado,
vivo, brilhante, único, a encher-nos os ouvidos,
a modelar-nos os gestos e a alma,
a aquecer-nos e encher-nos o coração

Em Viena há cisnes a nadar em água gelada,
intensamente brancos e mal dispostos,
belos e intocáveis, como o gelo

De Viena trouxe uma valsa que não dancei
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