terça-feira, 30 de janeiro de 2007

MURMÚRIOS DE LISBOA XX

Amanhece, Lisboa
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Vista do Castelo de S. Jorge - Ruínas do Convento do Carmo
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Foste amena, Lisboa
Uma amena enseada
Allis Ubbo fenícia
Que Ulisses fundou no Olimpo dos mitos
Roma veio com os seus augustus
E disse
Aqui colhe-se ouro à mão cheia
E nasceu a lenda
Que atraiu navegadores e comerciantes
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Foste disputada, Lisboa
Foram-se os romanos
Ficou a muralha
Mas os bárbaros tomaram-te
E depois os inimigos da cristandade
Ficaram por 400 anos
“Onde se juntam as bondades do céu, da terra e do mar”
Afonso cercou-te
Com a ajuda dos destemidos cruzados
O Moniz entalou-se nas tuas portas
E foste tomada
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Foste crescer, Lisboa
Tornaste-te capital
Fez-se o teu Cais do Ouro
E chegaram tantos de tão longe
Depois partiram tantos para o sonho ainda mais longe
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Foste grandiosa, Lisboa
A mais opulenta
A referência
A nascente de aventureiros que se foram
“Por mares nunca dantes navegados”
Recordando na memória a última luz do teu porto de abrigo
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Foste iluminada, Lisboa
Com o ouro brasileiro
Vestiste-te de opulência
Mas caíste em decadência
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Foste destruída, Lisboa
Quando a terra tremeu
E te deitou abaixo
Incendiou tuas gentes
Num fogo de dor e de raiva
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Renasceste, Lisboa
Pela mão do Marquês
Que te projectou larga e grandiosa
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Foste amordaçada, Lisboa
Pelas amarras do Estado Novo
Que caiu da cadeira
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Foste libertada, Lisboa
Quando um cravo voou por sobre as tuas carcomidas telhas
E recomeçaste devagar
A crescer até à eternidade
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Foste tudo, Lisboa
Foste porto seguro
Cais de partida
Foste mundo poderoso
Triste e caída
Foste arruinada e levantada
Tomada e libertada
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És hoje, Lisboa
A luz divina dos nossos olhos
A tijoleira cansada da saudade
És a brisa suave do passado
Sussurrando histórias de deslumbrar
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De heróis gregos
Imperadores romanos
E guerreiros bárbaros,
De mouras de encantar
Marinheiros bravos
E reis sábios,
De mundos de além-mar
Tesouros deslumbrantes
E tragédias devastadoras,
De sal, de lágrimas, de espanto
Vitórias sofridas
E glórias escondidas,
De revoluções floridas
Sonhos desejados
E esperanças silenciosas
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Amanhece, Lisboa
E nesse puro instante de limpidez, espera
Respira
Recorda
Suspende-te no tempo
E o tempo contigo
E deixa-te cair, derreter
Em cambiantes todos
Numa lenta agonia
Numa suave melancolia
Lisboa
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To be continued …

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