Sofia Loren
"Everything you see I owe to spaghetti."
Outro desrespeito ao alfabeto.
Não havendo nenhum T digno de nota
(a não ser Spencer Tracy,
que nunca me aqueceu nem arrefeceu), segue-se outro S.
A grande, incomparável, única
diva europeia ainda viva, além de Catherine Deneuve.
Só que a Deneuve é feita de gelo e Sofia … bom,
Sofia é la vera mamma italiana, cheia de sal, pimenta
e todos os condimentos que é possível imaginar.
Não há ninguém como ela para representar
aquelas mulheres do povo, de peitaça
meia destapada e ondulante, mão na cintura,
umas pernas impossíveis debaixo do avental
e uma boca sem papas na língua,
berrando impropérios de colher de pau em riste,
toda despenteada e mesmo assim linda de morrer.
Sofia Loren teve sempre uma outra característica
que torna qualquer mulher linda
duplamente perigosa – era suficientemente
inteligente para saber rir-se de si própria,
sabendo aproveitar precisamente as suas raízes
para compor personagens autênticos, terra-a-terra
e por isso mesmo infinitamente mais fascinantes.
Ela é simplesmente deliciosa (exactamente como a
pasta al dente em que é especialista :)), seja de que maneira for
e ainda por cima é uma grande actriz.
Quando estas três coisas se juntam
em proporções fartas – beleza, talento e sangue italiano –
o resultado é uma explosão de proporções perigosas.
O nome desta explosão é Sofia Loren.
E quem não concordar é porque
não tem olhos na cara nem sal no corpo e é parvo!
HGFHFGFH
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