domingo, 7 de janeiro de 2007

OS ACTORES DE ANDRÓMEDA - PARTE I


Sir Laurence Olivier

“The actor should be able to create the universe
in the palm of his hand.”

Em casa, desde pequena que ouvi falar dele.
Nascida de pai inglês, a minha mãe honrava a cultura britânica
e considerava o nobre Olivier o maior actor de todos os tempos.
Cresci a vê-lo e aprendi a gostar de Shakespeare por causa dele.
Olivier fazia crer que era tudo tão fácil e que o cheiro
das tábuas dos palcos estava ao alcance de qualquer um.
Nos seus lábios as nobres palavras do Bardo brotavam
tão naturalmente, como se sempre tivesse habitado
aquelas eras longínquas e aqueles personagens riquíssimos.

Mais tarde aprendi que havia outros modos de representar,
mais arriscados e surpreendentes (quando vi Brando pela primeira vez
em Há Lodo no Cais, passei o filme todo de boca aberta e
com um sorriso parvo, sem querer acreditar no que ele fazia).
Mas a minha cabeça nunca deixou de se curvar em reverência
perante o eminente Olivier e a sua técnica fabulosa.

Conta-se que um dia, durante as filmagens de uma cena
de O Homem da Maratona, em que o personagem de Olivier
tortura Dustin Hoffman com uma broca de dentista,
Dustin resolveu (fiel à escola do Método)
passar algumas noites sem dormir para que a representação
fosse ainda mais realista. O que acabou por acontecer foi
que exagerou e ia-se constantemente abaixo durante a filmagem.
Olivier disse-lhe apenas: “My dear boy, why don't you try acting?”
Serve a presente história para ilustrar a diferença abismal
que existe entre a rigorosa e técnica escola de representação
britânica shakespeareana, de quem Olivier foi sem dúvida nenhuma
o expoente máximo e consensual, e a famosa escola americana do Método,
de quem Hoffman é um dos mais talentosos pupilos.

Costumo dizer que com Shakespeare um actor é preparado
para ser capaz de tudo porque esta escola oferece uma técnica
absolutamente rigorosa e a panóplia mais completa das emoções humanas
e que o Método só é adequado aos mais corajosos
porque trabalha a parte emocional mais profunda do actor.

Unanimemente considerado o maior actor de teatro de todos os tempos,
Sir Laurence Olivier só encontrou contraponto cinematográfico
em Marlon Brando. E, por isso, perco-me por vezes a imaginar
como teria sido o encontro destes dois gigantes – o fabuloso mentiroso
e o genial acrobata, que maravilhas teriam sido capazes de criar em conjunto?
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"To be or not to be - that is the question;
Wether 'tis nobler in the mind to suffer
The slings and arrows of outrageous fortune,
Or to take arms against a sea of troubles,
And by opposing end them? To die, to sleep
No more; and by a sleep to say we end
The heart-ache and the thousand natural shocks
That flesh is heir to. 'Tis a consummation
Devoutly to be wish'd. To die, to sleep;
To sleep, perchance to dream. Ay, there's the rub;
For in that sleep of death what dreams may come,
When we have shuffled off this mortal coil,
Must give us pause."
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Sleep in peace, noble Olivier, for your life has been truly worthy.
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