terça-feira, 23 de setembro de 2008

CRÓNICAS DO PARAÍSO 11

FDF
Gaivotas em terra. Muitas. Poisam num espectáculo de grandiosidade aerodinâmica inigualável. E quando levantam vôo, levam o céu na ponta das asas.

Tenho concorrência. Pela segunda vez aparece a sereia de abundantes e orgulhosas gorduras, transbordantes de seu biquini diminuto. A sereia é, portanto, gorda, mas não se rala com isso e exibe suas carnes rafaelitas aos passeantes, que a devoram com olhares gulosos.
Sinto a falta do meu admirador mas o marinheiro não se avistou em parte nenhuma do areal.
KFLÇDKF
Hoje tenho duas missões: bronzear a barriga e as costas (uma trabalheira desgraçada ...) e conseguir fotografar uma libelinha em condições.
Tentei ficar imóvel, com o telemóvel em posição durante meia hora.
Tentei um pauzinho com uma uva espetada e o telemóvel em posição durante outra meia hora.
Rastejei pela areia qual soldado americano em plena selva vietnamita.

Havia 3 exemplares verdadeiramente magníficos, a esvoaçarem à minha volta, como que a mangar da minha paciência – uma safira verde enorme, um rubi médio e o topázio miniatura. A certa altura colocaram-se em paralelo, quais helicópeteros em formação de ataque, asas efémeras e transparentes a tremelicar ao vento.
Desisti, mas apenas por hoje. Tinha que trabalhar para o bronze.
KDJFLKJ

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