quarta-feira, 24 de setembro de 2008

CRÓNICAS DO PARAÍSO 12

DFSS
Ida à Vila Real para passeio e descoberta de estátua da Lutegarda Guimarães de Caires, socióloga e poetisa vilarealense, junto à marina.

Em redor da estátua, na base, este poema bonito:
“É que não há um céu de tal ‘splendor
Nem rio azul tão belo e prateado
Como o Guadiana, o meu rio encantado
De mansas águas suspirando amor!”
JHJHJ
De regresso à praia, tomo 3 banhos longos e aqueço ao sol como um lagarto feliz.
Gosto do Paraíso, não porque seja perfeito, longe disso. A casa está velha, o jardim já conheceu muitos melhores dias, há mirones estranhos na praia e conquilheiros demasiado atrevidos. Os supermercados não têm tudo o que queremos, é preciso arrastar com uma bilha de gás todos os anos, há sempre um estor estragado e mais umas pedras que cairam da varanda de cima.
Mas há o mar ... o mar ... o mar ... cujos humores conheço melhor que a palma das minhas mãos, porque devo ter olhado para ele muito mais vezes, há as gaivotas reais e majestosas a cruzarem os céus ou a mergulharem em loopings picados para pescar, há o areal cor de açúcar amarelo, as palmeiras e a velha, torta, mas resistente araucária, há os passarinhos a chilrear na velha palmeira da vizinha, os conquilheiros recortando as suas silhuetas contra o sol poente na maré vazia.
E há a liberdade. E a paz.
KJKJ

2 comentários:

Guidinha Pinto disse...

Olá. Caí aqui. Vim em busca da poesia, da qual só captei, em foto, a 1ª frase. Mas não só. Espreitei mais um pouco e fiquei fã desta «estória».
Vivi sensações semelhantes ao passar uns dias lá pelo sotavento. São outros ares. São outros sentires.
Também gostei da página. E da borboleta, que teima em não largar a minha simples seta :).

Andrómeda disse...

Aquilo é de facto o meu Paraíso :) Total e incondicional. Obrigada por teres gostado e não largues a borboleta :)