quarta-feira, 17 de setembro de 2008

CRÓNICAS DO PARAÍSO 5


LÇCKV
De saída para a praia, o National Geographic no quintal das traseiras.
A mãe gata, arisca e desconfiada, de olhos cor-de-rosa esbugalhados, vem ensinar ao filhote a sair do confroto da casota. Mas a criança é medrosa, apesar de brincalhona. Saltita e piparota no pequeno espaço, revolve o canteiro de terra, espreita para dentro do balde abandonado, empina-se nas costas da progenitora, mas nem pensar em descer os famigerados degraus.
A mãe espera, paciente. Avança no terreno, senta-se na base das escadas. Repete a operação n vezes, mas o gaiato deixa-se ficar teimosamente para trás e só se arrisca até ao portão branco, enquanto solta pálidos miares deliciosos.
jlkj
O admirador da praia confirma-se definitivamente. Hoje sou brindada descaradamente com dois assobios baixinhos. O rapaz é atrevido! Os mancebos jogam à bola e uma das balizas é estrategicamente colocada na minha direcção, para que o guarda-redes consiga apreciar a donzela (moi!) quando vai buscar as bolas.

fçlç~f
Avista-se o primeiro “helicóptero” desta temporada. Trata-se de um magnífico exemplar verde, debatendo-se ferozmente contra o vento, agarrado a um pauzinho espetado na areia, como se estivesse a combater um verdadeiro tsunami. Já desesperava pela falta deles. Estarão em vias de extinção? Esperemos que não. Para bem da continuação da beleza deste Paraíso.
fkdl~

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