sexta-feira, 19 de setembro de 2008

CRÓNICAS DO PARAÍSO 7

CVVC
Quando acordo espreito a varanda e solto uma exclamação de alegria e o sorriso de menina de 12 anos surge automaticamente na boca e nos olhos a dançar irrequieto – bandeira amarela. É a minha cor preferida na praia.
O amarelo das ondas que rugem, das correntes que puxam e provocam remoinhos, da água turbulenta e espumosa, onde se salta e cabriola até à exaustão.

O mar ruge e os gritos dos vendedores de bolas de berlim ecoam pela vila inteira. “Boliiiiiiiii Berlimmmmm! É com creme e sem creme!” Os veteranos dão uma voltinha graciosa no “i” de “Boli”, fazendo com que aquilo pareça um apito humano.
E o mar ruge e dança.
fkçdfk
Aleluia! Afinal o bichano ainda existe. São e salvo, foi surpreendido à hora do jantar, em cima do tronco da videira. Tentei chamá-lo, mas ele apenas imitou uma muito ténue amostra de ameaça sissiada, recuou e ficou parado, de olhos negros esbugalhados, sem fugir, mas sem sombras de vontade de se aproximar.
Aparentemente, a sábia mãe deixa-o na creche todas as noites, onde tem a certeza que ele está seguro e bem alimentado, enquanto faz as suas rondas nocturnas de chefe de família. de dia leva-o para lhe mostrar as agruras do mundo real. Bela e sábia mãe.
Mais tarde, de volta do jantar, surpreendemos mão e filho a fugirem nas escadas. Pelos vistos, a mamma, ou dorme com o seu rebento, ou vem dar-lhe aulas nocturnas.
HJKHJK

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